Saturday, September 30, 2006

Um peixe-colher!

À falta de ter com que mexer o café não teve mais nada: pegou do aquário um peixe dourado e toca a fazer dele uma colher!

Rádio local - II

«Queria dedicar um fado para o... não percebo o nome!»


(Post «Rádio local» em Sábado, Agosto 05, 2006)

O Toliceiro Simbaroding

Toliceiro de nome, Simbaroding por parte da família do pai

Lengalenga para o Joãozinho comer a sopinha toda

Sou um bicho da seda
Uma lagarta da couve
Uma lagarta, não!
Um lagarto

(olha que rica sopinha!)

Sou a sopa do menino
A sopa, não!
O sapo

(voa, voa, colher-aviãozinho pr'á boca do meu menino...)

Sou a amora das silvas
As silvas do amor

(vá, só mais esta papinha...)

... ... ...

Sou a leoa
A leoa, não!
O leão

(que lindo menino, comeu a sopinha toda!)


(1975)

Três tutus

Depois de indicar a dedo

(Tu, tu e tu)

os homens que iriam integrar a equipa de trabalho daquela semana saiu-se com esta:

- Como vêem, com três tutus resolve-se tudo!

Café tijoca

- Ora saia-se um café tijoca!
(forma sofisticada de evitar dizer mixórdia)

A primeira cópia do Joãozinho

Mal sabia escrever, com cinco, seis anos de idade, quis mostrar à Avózinha que já sabia escrever coisas muito bonitas e, copiando daqui e dali, fez isto:

«EU OU FERÊSO UMA CARTA

O Joãozinho gosta muito duma carta! Eu nos teus anos vou-te dar uma carta(.), para leres e decorares (curarres) para dizer aos Meninos de lá do Colégio para os Meninos de lá do Colégio também de_corarem para dizer ums aos outros(,). (de)De_vemos ser (amigos ums dos outros) amigos ums dos outros para os outros também serem amigos uns dos outros também os Meninos são.»


(entre parêntesis o que o Joãozinho riscou)

Friday, September 22, 2006

Lá ficavam os bichos sem comer...

- Olha se eu tinha ido? Não! Lá ficavam os bichos sem comer... E ainda fui fazer um mato, que cá a mulher não liga nada a isto. Enfim... Eu não sei, mas às vezes penso que sou cá de uma fibra! Bem, eu fui alimentado a papas, a milho, a vinho, não sou dessa cultura melada. Doença? Não existe para mim. Vá, meu menino, mais respeito e toca para dentro. Olha mulher!, ainda vou lá em baixo ao Zé da Toca...

- Vais?

- É. vou.


(Numa aldeia do Minho - III, 1987)

Chacota...

- Outro dia estive lá para os vossos lados...

- Da próxima passe por nossa casa, depois das seis, que a gente mata o porco...

- Não, que eu cá gosto de estar cedo em casa. Não me dou a vadiagens...


(Numa aldeia do Minho - II, 1987)

É preciso dar de comer à toura!

Mal tinha acabado de dizer à mulher que fosse passear com os compadres - que ele ficava - já lhe estava a atirar com esta:

«Ó mulher, é preciso dar de comer à toura! E às galinhas também! Estás a fazer de mim tolo?»


(Numa aldeia do Minho - I, 1987)

Um concurso sem margens para dúvidas

Num concurso para a Administração de uma Empresa havia três candidatos a um lugar e a questão decisiva era esta:

«Quanto é 2+2?»

O engenheiro: são 4

O economista: depende da base matemática

O advogado: quanto quer que seja?

Como as respostas não satisfizessem o lugar foi para o filho do patrão!

Thursday, September 21, 2006

Uma questão de semântica

Quando lhe perguntaram se René Magritte era um impressionista ou um surrealista respondeu assim:

«Bem, eu penso que era um surrealista porque a outra hipótese não me está a impressionar mesmo nada...»

E acertou!

Domingos dos Caixões

(conversa ao telemóvel para toda a gente ouvir)

«Fui ao Domingos dos Caixões, diz que até um metro e sessenta é um preço, a partir daí é outro...»

Saturday, September 16, 2006

A culpa

«A culpa é do Presidente da Junta, nomeou-o Regedor da rua»

Pinto da Costa e os Castelos

(15/09/2006, Pinto da Costa na inauguração da Casa do F. C. do Porto de Santa Maria da Feira (delegação de Fornos), depois de ter passado pelo Castelo de Santa Maria da Feira)

Estava a discursar quando, inadvertidamente, tocou no microfone (ruído característico) e se desculpou com esta:

«Éi lá! Falei em castelos e os "mouros" aproximaram-se.»

Recomendação do médico

«Só pode beber (bebidas alcoólicas) duas vezes por dia:
é às refeições e fora das refeições»

Campeão de bilhar

O campeão de bilhar estava a perder mas continuava todo inchado:

«O meu pai dizia, que Deus o tenha!, o primeiro milho é dos pardais»

Enganou-se. Apanhou três secos.

Ora, se o primeiro milho é dos pardais, o segundo e o terceiro milho é de quem? Dos piscos?

Thursday, September 14, 2006

Antigo poema da criminologia

(bem saudoso, por sinal)

Revólveres e pistolas
Armas antigas de pederneira
Bacamartes
Escopetes de zagalote e
Espingardas de caça.

Facas e facalhões
Punhais
Limas
Formões
Gadanhas e muito mais...

Como machadas e armadilhas...

Carta de um imigrante à mulher (excerto)

«(...) Já antes te falei deles. São gordos, peludos, uns negros outros quase brancos. Têm focinho bicudo, orelhas pequenas e pontiagudas e latem como todos os outros cães. Nisto não são diferentes. Não é aconselhável que nos abeiremos deles. Os seus caninos são poderosos. A lei aqui obriga a que estejam presos e que lhes sejam cortadas as suas poderosas presas. É assim em qualquer quintal. E as autoridades abatem os vadios.

«Estou a pensar levar um para oferecer à nossa querida(!) vizinha... (...)»

1-PRT-02-44

Espécie de identificação genética de uma bicicleta que acabou completamente proletarizada

Histórias contadas pelo «Sezé da Loja», conterrâneo do «Nabiça»

«O Nabiça era da , neto do Cavalo. Embiesara-se com o Neca Preto vindo das então Prubíncias Ultramarinas, ex-colónias como lhe chamam agora. Rezingara-se com ele porque se armava amiúde em baril e metera-se d'amores por sua irmã Maria do Chuchu. «Micava-o muito bem, o que o gajo queria era reinar!» - dizia o Neca Preto ainda há pouco tempo. E vai daí, o Nabiça desatinou-se com a vida e passou a puxar da naifa à menor imbirrice. Meteu-se em atalhos, meandros duma vida danada!...

«Acabou por ter a bófia à perna. Sempre a fugir, acossado como ratazana, um dia um chibo deitou-lhe o olho à perna entregando o arruaceiro.

«Na choça, o Nabiça desfazia-se em mil saudades dos bons belhos tempos em que descia a Sé de papagaio de baixo do braço a armar ao esticadinho, ora assobiando às garinas, ora chutando no cú dos chavalos, ou então batendo aqui e ali uma vermelhinha... e quando não tinha nada p'ra fazer passava as tardes na alcoba da Maria dos Arranjos...

«Enfim, fora-se tudo na lebada do rio da vida por causa de uma canalhice!...»

(12/04/1989)

Wednesday, September 13, 2006

Um vinho verdadeiramente especial

Era um vinho tão bom e tão espesso que até dava para escrever cartas!

«Pescadinha bibinha!»

«Tenho pescadinha bibinha!» - E a pescada estava mais que morta.

Doutorice

«Ora, o senhor vem para aqui cheio de doutorice...»

(doutorice: modos de doutor, ditos pretensiosos)

Frases campestres - II

Uma lata velha toca de bicho

Frases campestres - I

O cebolo do teu pai

Preservação da Natureza

«Gostaria de ser pai adoptivo de um lobo ibérico e receber informações. Linces ainda é possível?»

O fuçanhudo

Entrou em casa com um morcego-fuçanhudo-cara-de-cão-e-orelhudo e a Avó disse-lhe que ia haver uma grande desgraça.

E houve: o «fuçanhudo» foi acabar os dias numa prateleira de laboratório!

Jogar bilhar exige concentração

A dada altura virou-se para o colega de jogo e disse-lhe:
«'tá caladinho, qu'estou na fase "põe-te mula"»

Quando era pequeno...

... passeava-se com a coberta da cama sobre as costas imitando o rei D. João V.

Já então se adivinhava que tinha a mania das grandezas...

Monday, September 11, 2006

Thursday, September 07, 2006

Tempos de má memória

- Ó senhora, ele continua a negar...
Ela:
- Façam-lhe abrir a boca!

O segredo de justiça

O segredo de justiça também se arquiva?

O «interesse público»

As instituições de não-utilidade pública, por exemplo os restaurantes, também podem declarar o «interesse público»?

Leitor de jornal

Perguntou ao que estava a ler o jornal:
- O que é que diz o jornal?
O leitor (sem levantar os olhos):
- Tudo na mesma!

Pergunta de circunstância

- Então, senhor Costa, como vão as suas costas?
- Menos mal, menos mal...

E ainda há quem acredite nas dinastias!

Ontem, a notícia foi mais ou menos esta:

«Ao fim de 40 anos o Japão está em festa pelo nascimento de um bebé do sexo masculino ao ter finalmente encontrado um herdeiro varão para a sua dinastia imperial»

Ufa!

Tuesday, September 05, 2006

Deu-lhe para assaltar o quintal da vizinha...

... só para apanhar uma borboleta «rosa-das-zínias».

(a «rosa-das-zínias» tinha este nome porque era daquela cor e só pousava naquelas flores)

(desgraçadamente para ele só no quintal da vizinha é que havia «zínias»)

Certo é que a miserável levou tamanha bordoada - não fosse ela escapulir-se - que agora mais parecia um pedaço de renda carcomida pelo tempo sem direito a lugar na colecção de borboletas!

A coisa já não ia bem...

Para mal dos seus pecados foi descoberto pelos pais a saltar o muro e em tão má hora que logo ali apanhou uma grandessíssima tareia.

E, desiludido, foi então deitar a borboleta aos gafanhotos!

Valeu a pena?